sexta-feira, 6 de novembro de 2009

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Existem dias de nevoeiro interior. De frio ancorado nas mãos como que a anestesiar a revelia de passos certos. Das noites de onde nascem estes dias, crescem-me nós. nós de permanência robusta sobre os fios gastos do meu coração.

Já te espero em qualquer lugar desta cidade. No caminho adormecido para o escritório. Enquanto fumo à janela. Nos leves minutos que antecedem o sair da cama, como se o teu corpo baixinho me dissesse para eu não ir ainda. porque a noite não foi suficiente para matares as saudades todas. No final do dia, por ser a altura em que melhor me sabe respirar fundo, procuro chegar até ti. Para que finalmente a minha boca possa confundir-se na tua. E reconheças o espaço em que me situo como imprescindível ao teu bem estar.

Estou a começar a caminhar. Estou quase a chegar.
E tu?




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