quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

.19

Os dias não têm sido fáceis. Têm sido instáveis. Demasiado para o meu gosto. Parece-me que a revolução anda a acontecer interiormente. Muita coisa para digerir. para lidar. confusão. tanta confusão. Ouvir dizer "Tens o coração partido", deu-me vontade de apanhar os estilhaços. Para esconder os escombros. Para me recuperar. Para mudar as voltas a essa provável realidade. que ainda não aceitei. ou interiorizei. ou digeri. estou assustada. sim, é isso. Tomar consciência da força do peso que trago em mim. Saber lidar com as consequências das revelações. Querer elevar-me e sentir-me presa nos movimentos. Querer mais e ter consciência que não. não é altura de querer mais. não é isso que se pode desejar agora. poderia ser, antes dos últimos acontecimentos. tudo estava encoberto. uma quantidade de máscaras que me ajudava a ser indiferente a tantos sentires. mas é tarde. agora é tarde. tudo está em exposição. a velocidade diminuiu. mas o relógio não pára. como se faz para sair deste tempo e voltar noutro? como se acelera o processo? como?

Será que o caminho é aceitar que não posso ter tudo ainda? E saber viver com isso?

confusão. turbilhão. revolução.

quero que a noite chegue rápido para enfiar-me na cama e dormir.

1 comentário:

  1. O medo trava as nossas acções.
    É compreensível? Sim. Mas não pode moldar o nosso destino... ou não deveria...

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