quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

13

A escrita desencaminhou-se dos meus dias. a sensação de "Porra. tu até escrevias coisas engraçadas." assenta no pensamento, sempre que quero escrever. o querer molestou a escrita e abandonou-a num impasse. era o não querer. o ser tão simples o alinhamento das palavras, que me fazia escrever. agora eu quero, logo não o faço. pelo menos de forma a me reconhecer. a encontrar espaço para me sentar no meio das sílabas e fumar um cigarro à espera que o circuito se retomasse geometricamente.

assim, in casu, o melhor é tentar deixar de inventar. ou re-inventar. ou esquecer a força do querer.

Até já.


Sabe o que me tem apetecido? Escrever-lhe. Cartas. Verdadeiras cartas. Claro que teria de primeiro escrever no computador e depois passaria para o papel. deixei de sentir apego a folhas em branco. razão pela qual colecciono cadernos vazios. o vazio faz-me sentir mais completa. como se outras histórias estivessem para acontecer. com a consciência que no fim dos dias, o vazio pode mais facilmente ser o espelho da alma.


Mas sim. Havemos de arranjar uma morada só nossa. Para onde eu possa enviar as cartas. acho que a força deste querer acaba por ser mais facilmente concretizável. do que outros que por aqui andam.





2 comentários:

  1. gostaria que te estivesses a referir a mim... mas "sabe", não é para mim, concerteza...
    pois não?

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  2. Espero que esse já seja breve.
    É um prazer ler-te.

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