domingo, 4 de abril de 2010

.25

Eu sei. Eu sei que o que eu mostro não é espelho do que eu sinto. A minha postura é quase sempre uma reacção a quente. Nunca a frio. As palavras surgem. Por vezes, palavrões. Como se eu nada sentisse. Ou tudo o que eu sentisse tivesse origem no congelador. Eu sei. Também sei que sinto que todos os dias que são tarde demais. Que um dia a morte leva-me e eu não terei oportunidade de mostrar como gosto das pessoas. como as sinto. Como as trago comigo. Como lhes agradeço o estarem a meu lado. Mas não são todas as pessoas. eu desdenho a maioria das pessoas. não tenho paciência. Mais. Acho que é tudo uma cambada de burros e ignorantes. Sim, eu tenho a mania. Mas gosto das minhas pessoas. mesmo que critique. Seja dura. Nem sempre tenha paciência eu gosto das minhas pessoas. e admiro-as. E escolho-as. E estou porque quero. Porque gosto. É a maior prova de amor que posso dar. É eu estar. E querer estar. De resto, não saberei fazer as melhores escolhas. Não saberei dizer a palavra certa no momento certo. Porque eu não sou assim. Sou do contra. Faço sempre o caminho errado. Começo pelo fim. Antes do beijo, vem a descrença. É apenas um exemplo. Mas isto sou eu. Sou ao contrário. E portanto, o que eu mostro nem sempre é conhecer-me. Daqui é fácil entender porque é que eu digo que os que me verdadeiramente conhecem são raros. São mesmo. São os poucos que tiveram a capacidade de ver além. O que não quer dizer que seja sortudos. Porque eu sou mesmo insuportável. Conhecendo-me ou não. É uma questão de me darem tempo. Se me derem tempo, arrepender-se-ão. Estou a ser sincera agora? Não. Mas transparência e sinceridade não são o meu forte. Dizer o contrário do que se quer ouvir/ler é.

Se podia tentar ser diferente? Podia mas não seria a mesma coisa.

You got to love what you see and what you don’t see. That’s the way. Even if not the fair or choosen way.

Sem comentários:

Enviar um comentário