Eu sei. Eu sei que o que eu mostro não é espelho do que eu sinto. A minha postura é quase sempre uma reacção a quente. Nunca a frio. As palavras surgem. Por vezes, palavrões. Como se eu nada sentisse. Ou tudo o que eu sentisse tivesse origem no congelador. Eu sei. Também sei que sinto que todos os dias que são tarde demais. Que um dia a morte leva-me e eu não terei oportunidade de mostrar como gosto das pessoas. como as sinto. Como as trago comigo. Como lhes agradeço o estarem a meu lado. Mas não são todas as pessoas. eu desdenho a maioria das pessoas. não tenho paciência. Mais. Acho que é tudo uma cambada de burros e ignorantes. Sim, eu tenho a mania. Mas gosto das minhas pessoas. mesmo que critique. Seja dura. Nem sempre tenha paciência eu gosto das minhas pessoas. e admiro-as. E escolho-as. E estou porque quero. Porque gosto. É a maior prova de amor que posso dar. É eu estar. E querer estar. De resto, não saberei fazer as melhores escolhas. Não saberei dizer a palavra certa no momento certo. Porque eu não sou assim. Sou do contra. Faço sempre o caminho errado. Começo pelo fim. Antes do beijo, vem a descrença. É apenas um exemplo. Mas isto sou eu. Sou ao contrário. E portanto, o que eu mostro nem sempre é conhecer-me. Daqui é fácil entender porque é que eu digo que os que me verdadeiramente conhecem são raros. São mesmo. São os poucos que tiveram a capacidade de ver além. O que não quer dizer que seja sortudos. Porque eu sou mesmo insuportável. Conhecendo-me ou não. É uma questão de me darem tempo. Se me derem tempo, arrepender-se-ão. Estou a ser sincera agora? Não. Mas transparência e sinceridade não são o meu forte. Dizer o contrário do que se quer ouvir/ler é.
Se podia tentar ser diferente? Podia mas não seria a mesma coisa.
You got to love what you see and what you don’t see. That’s the way. Even if not the fair or choosen way.
Se podia tentar ser diferente? Podia mas não seria a mesma coisa.
You got to love what you see and what you don’t see. That’s the way. Even if not the fair or choosen way.
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