Interrompo a temporada de ausência por uma questão de terapia. Aqui vai:
Eu estou com o período. Estar com o período e ser descrente nos sentimentos não funciona bem. Nada mesmo. Por um lado, faz-me querer comer bolas e bolas de gelado de nata da geladaria Conchanata, por outro, faz-me pensar que o amor é uma treta. Porque é daquelas coisas que nunca terminará bem. Ficarão memórias como diz a minha querida MJ, pois bem, memória de quê? De que um dia existiu o amor, que era louco e doido e fabuloso, que nos preenchia e sabia tão bem e que parecia eterno e que depois acabou? É essa a memória? que bela merdinha de memória. O amor existiu e era perfeito e depois fodeu-se tudo e ele foi-se embora. Geralmente ele vai embora quando aparece outra pessoa no pedaço. e aí o amor que era lindo, muda de morada e de cama. não gosto. não gosto. Porque depois vamos a ver e o amor que existiu connosco é tal e qual o amor que é vivido com outra pessoa. tudo se repete. as palavras. os gestos. tudo é reconhecido a um passo. por isso não me choca quando as pessoas dizem que já sabem o que vai acontecer nas relações que vão ou estão a viver. é tudo igual. num primeiro momento temos a perfeição, noutro temos a rotina a instalar-se. depois são as discussões, as chatices, as cobranças e por fim ou o comodismo ou o fim. não gosto, repito. a minha descrença vem disto. vem inevitavelmente disto. porque chateia-me, ai como me chateia, as pessoas que dizem que estão apaixonadas, que amam e num momento a seguir, já estão apaixonadas e amam outra pessoa. oh pa chateia-me a sério. E falo nisto, existindo ou não uma relação. Os sentimentos não precisam de uma relação, para existirem, crescerem e se manterem. No primeiro casp, fico fodidíssima. Num segundo, acho fantástico mas desconfio sempre dos sentimentos ou da veracidade dos mesmos.
Hoje aconteceu-me ler o blogue de uma ex-namorada. Uma relação terminada há três anos. Comecei a reler o blogue e reli os textos escritos para mim. Bonitos, duros, intensos e profundos. Na altura, a pessoa dizia que não haveria outra pessoa para além de mim (quanto tempo demorou, hum?). E não falo de cama, sexo, que quem me conhece sabe que eu não misturo uma coisa com a outra (o amor, digo). Passado algum tempo dos textos, apaixonou-se por outra pessoa, mudou por aquela pessoa o que nunca mudou por mim, praticamente casaram (MJ, eu sou mesmo uma desbloqueadora) e pelo que sei lá continuam na vidita delas. O blogue hoje, têm textos para a actual pessoa. O sentimento de base é o mesmo, apesar das palavras serem diferentes. Portanto, os sentimentos têm prazo de validade. E por vezes, o prazo é curtíssimo. Um dia é o amor, no outro uma tentativa de amizade. Não gosto, repito. Das vezes que efectivamente amei, demorei tempo e passei por muitas cruzes. E quando me obriguei a deixar de sentir esse sentimento foi porque praticamente fui obrigada. Não o fazer, seria crucificar-me. Não havia escolha, portanto. E não foi por falta de pessoas interessantes à minha volta. Foi porque estava cega. Inundada. Perdida de Amor. A minha descrença não vem de mim. Eu sei o que sinto. Não digo que sinto para depois retirar. Ou o digo por dizer. Com algum intuito. Digo, sinto e demoro a deixar de sentir. Portanto, a minha descrença vem daqueles que por mim um dia disseram sentir alguma coisa.
Um dia escrevi um texto, neste ou noutro blogue, sobre uma questão que se reportava ao facto de se alguém gostar de mim, não mo digam. porque se me disserem eu não vou acreditar. O melhor será demonstrá-lo. Porque as palavras eu sei-as de cor e estou cansada em demasia do seu conteúdo. Portanto não digam. Parem nesse instante e voltem para trás. Demonstrem. Isso eu saberei ver. (na amizade nada a dizer, todos os que gostam de mim, demonstram-o de uma forma imensa)
Assumo-me como descrente. Não sei se um dia conseguirei ultrapassar esta barreira. Neste momento, duvido. Só me apresentam bandejas com palavras. E isso para além de me irritar, só me põe mais longe do Amor. Da paixão. Do querer uma relação. Já me é tão complicado surpreender com as pessoas, então assim, mil vezes impossível.
Já escrevi. Já me sinto melhor. Agora alguém que me traga uma taça de três bolas de nata do conchanata, sim? Agora, por favor? Chuinf. Podem pedir-me a morada por e-mail ou por comentário. ahaah :)
Eu estou com o período. Estar com o período e ser descrente nos sentimentos não funciona bem. Nada mesmo. Por um lado, faz-me querer comer bolas e bolas de gelado de nata da geladaria Conchanata, por outro, faz-me pensar que o amor é uma treta. Porque é daquelas coisas que nunca terminará bem. Ficarão memórias como diz a minha querida MJ, pois bem, memória de quê? De que um dia existiu o amor, que era louco e doido e fabuloso, que nos preenchia e sabia tão bem e que parecia eterno e que depois acabou? É essa a memória? que bela merdinha de memória. O amor existiu e era perfeito e depois fodeu-se tudo e ele foi-se embora. Geralmente ele vai embora quando aparece outra pessoa no pedaço. e aí o amor que era lindo, muda de morada e de cama. não gosto. não gosto. Porque depois vamos a ver e o amor que existiu connosco é tal e qual o amor que é vivido com outra pessoa. tudo se repete. as palavras. os gestos. tudo é reconhecido a um passo. por isso não me choca quando as pessoas dizem que já sabem o que vai acontecer nas relações que vão ou estão a viver. é tudo igual. num primeiro momento temos a perfeição, noutro temos a rotina a instalar-se. depois são as discussões, as chatices, as cobranças e por fim ou o comodismo ou o fim. não gosto, repito. a minha descrença vem disto. vem inevitavelmente disto. porque chateia-me, ai como me chateia, as pessoas que dizem que estão apaixonadas, que amam e num momento a seguir, já estão apaixonadas e amam outra pessoa. oh pa chateia-me a sério. E falo nisto, existindo ou não uma relação. Os sentimentos não precisam de uma relação, para existirem, crescerem e se manterem. No primeiro casp, fico fodidíssima. Num segundo, acho fantástico mas desconfio sempre dos sentimentos ou da veracidade dos mesmos.
Hoje aconteceu-me ler o blogue de uma ex-namorada. Uma relação terminada há três anos. Comecei a reler o blogue e reli os textos escritos para mim. Bonitos, duros, intensos e profundos. Na altura, a pessoa dizia que não haveria outra pessoa para além de mim (quanto tempo demorou, hum?). E não falo de cama, sexo, que quem me conhece sabe que eu não misturo uma coisa com a outra (o amor, digo). Passado algum tempo dos textos, apaixonou-se por outra pessoa, mudou por aquela pessoa o que nunca mudou por mim, praticamente casaram (MJ, eu sou mesmo uma desbloqueadora) e pelo que sei lá continuam na vidita delas. O blogue hoje, têm textos para a actual pessoa. O sentimento de base é o mesmo, apesar das palavras serem diferentes. Portanto, os sentimentos têm prazo de validade. E por vezes, o prazo é curtíssimo. Um dia é o amor, no outro uma tentativa de amizade. Não gosto, repito. Das vezes que efectivamente amei, demorei tempo e passei por muitas cruzes. E quando me obriguei a deixar de sentir esse sentimento foi porque praticamente fui obrigada. Não o fazer, seria crucificar-me. Não havia escolha, portanto. E não foi por falta de pessoas interessantes à minha volta. Foi porque estava cega. Inundada. Perdida de Amor. A minha descrença não vem de mim. Eu sei o que sinto. Não digo que sinto para depois retirar. Ou o digo por dizer. Com algum intuito. Digo, sinto e demoro a deixar de sentir. Portanto, a minha descrença vem daqueles que por mim um dia disseram sentir alguma coisa.
Um dia escrevi um texto, neste ou noutro blogue, sobre uma questão que se reportava ao facto de se alguém gostar de mim, não mo digam. porque se me disserem eu não vou acreditar. O melhor será demonstrá-lo. Porque as palavras eu sei-as de cor e estou cansada em demasia do seu conteúdo. Portanto não digam. Parem nesse instante e voltem para trás. Demonstrem. Isso eu saberei ver. (na amizade nada a dizer, todos os que gostam de mim, demonstram-o de uma forma imensa)
Assumo-me como descrente. Não sei se um dia conseguirei ultrapassar esta barreira. Neste momento, duvido. Só me apresentam bandejas com palavras. E isso para além de me irritar, só me põe mais longe do Amor. Da paixão. Do querer uma relação. Já me é tão complicado surpreender com as pessoas, então assim, mil vezes impossível.
Já escrevi. Já me sinto melhor. Agora alguém que me traga uma taça de três bolas de nata do conchanata, sim? Agora, por favor? Chuinf. Podem pedir-me a morada por e-mail ou por comentário. ahaah :)
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