Eu gosto de esclarecer coisas. É verdade. Não me importo de repetir se achar que o devo fazer. Portanto repito mesmo que não oiçam. Não faz mal. Um dia irão recordar-se das minhas palavras. Um dia. Acredito neste destino fatídico das coisas. As palavras certeiras um dia farão sentido. Mesmo que demore. Vai acontecer. Digo-o porque já o vi acontecer. E portanto, não me demovo nesta certeza que mais tarde muita coisas irão ser entendidas.
Existem momentos em que por minutos sou outra pessoa. Ou melhor, adapto-me de tal forma que por vezes, acontece-me ser eu mais umas quantas pessoas. Não sei é confuso. Mas isto porque ontem enquanto fumava um cigarro de madrugada apercebi-me que eu não vou mudar. Melhorar, sim. Mas mudar não. Por ninguém ou por nada. Saberei ceder. Isso devemos saber sempre. Mas mudar? Não. Se mudasse deixaria de ser este encanto. Esta-coisa-mais-linda-que-dá-vontade-de-agarrar-e-não-deixar-mais. (ai, respira fundo, 1 2 3, nunca deixes o ego levar a melhor. já voltaste a ti? então, vá continuemos). Acredito piamente nisto. Se eu mudar, é uma perda horrenda para a humanidade e para quem me é mais próximo. Depois claro está, não quero e não vou mudar. Outra conclusão que cheguei é que efectivamente os meus amigos são a coisa mais bonita que retenho em mim e não quero nem vou deixá-los. Por ninguém. Isto no sentido que existem aquelas pessoas que quando se envolvem com outra e se fecham do mundo (not) e esquecem os amigos. E depois quando as coisas mal voltam para os braços deles. Não. Não. Os meus amigos são grande parte do meu mundo. São. E estão lá, todos os dias. É que estão mesmo lá todos os dias. E não vão a lado nenhum. Ajudam, colaboram, mimam, cuidam, são presentes. Os meus amigos enchem o meu coração sempre que o sinto pelos quintos infernos. Eles abraçam-me e eu não preciso de pedir. Eles sorriem. Eles sorriem e olham para e por mim. Eles mimam-me nas pequeninas coisas que aos meus olhos ficam a ser tão grandes. Os meus amigos são tão bonitos. E riem-se muito. E rimos-nos uns dos outros. E será sempre isto que fará a diferença: eles estão perto, eles fazem por estar perto, eles não se esquecem. Eles fazem-me perceber o verdadeiramente sentido de gostar de alguém. E quando a amizade nos surpreende desta forma, nos preenche tanto, nos dá ainda mais, o amor que vier terá de saber superar ou pelo menos estar no mesmo patamar. Porque senão não vale a pena, a chatice, a perda de tempo, a desilusão.
Portanto sim, eu ficarei bem. Não estarei nunca sozinha. Não terei de estar a olhar para o relógio à espera que cheguem porque eles chegam sempre. A horas. Porque eles não espreitam à distância. Eles mostram-se, todos os dias. E não há medo que os impeça de voar e de tentar serem mais. Os amigos, os meus amigos, voam. E eu voo com eles. E tu, bem tu, continuas presa num sinal vermelho numa rua qualquer. Impedida de voar por tua culpa. Arriscando-te a ficar congelada por muito tempo. Porque perdeste a tua oportunidade. Aquela que classificas como única.
Já não sei o que lamento mais. A minha ou a tua perda. Isto porque chegamos a um ponto de clareza tal que conseguimos dissecar tudo, fazer apontamentos de memória, decorar datas, dias, momentos. Colocar tudo como se a nossa vida fosse uma agenda. E aí, de forma fria e racional, consigo ver o tanto que fiz, o tempo que te dei, os dias os muitos dias que te entreguei para que os pudesses transformar nos teus dias, nos nossos dias. Portanto, a culpa é fecundada por nós, por vezes, em terreno infértil. Chegará o momento de a colher e não duvido que seja o único alimento durante muito tempo.
O que me fará libertar-me? Não ter qualquer dúvida de que eu fiz tudo o que podia ter feito e ainda mais do que isso.
Um dia perguntaste-me se eu tinha a certeza que sairias tu a perder. Não façamos disto uma equação. Mas uma coisa te digo, a tua perda é maior. Porquê? Porque para além de teres ficado aquém do que esperava de ti, ficaste aquém do que tu própria esperavas de ti. E a grande desilusão não é a que provocamos nos outros mas sim aquela que encerramos em nós.
Tiveste tudo nas tuas duas mãos. E mesmo assim não foste capaz de fazer a diferença.
Existem momentos em que por minutos sou outra pessoa. Ou melhor, adapto-me de tal forma que por vezes, acontece-me ser eu mais umas quantas pessoas. Não sei é confuso. Mas isto porque ontem enquanto fumava um cigarro de madrugada apercebi-me que eu não vou mudar. Melhorar, sim. Mas mudar não. Por ninguém ou por nada. Saberei ceder. Isso devemos saber sempre. Mas mudar? Não. Se mudasse deixaria de ser este encanto. Esta-coisa-mais-linda-que-dá-vontade-de-agarrar-e-não-deixar-mais. (ai, respira fundo, 1 2 3, nunca deixes o ego levar a melhor. já voltaste a ti? então, vá continuemos). Acredito piamente nisto. Se eu mudar, é uma perda horrenda para a humanidade e para quem me é mais próximo. Depois claro está, não quero e não vou mudar. Outra conclusão que cheguei é que efectivamente os meus amigos são a coisa mais bonita que retenho em mim e não quero nem vou deixá-los. Por ninguém. Isto no sentido que existem aquelas pessoas que quando se envolvem com outra e se fecham do mundo (not) e esquecem os amigos. E depois quando as coisas mal voltam para os braços deles. Não. Não. Os meus amigos são grande parte do meu mundo. São. E estão lá, todos os dias. É que estão mesmo lá todos os dias. E não vão a lado nenhum. Ajudam, colaboram, mimam, cuidam, são presentes. Os meus amigos enchem o meu coração sempre que o sinto pelos quintos infernos. Eles abraçam-me e eu não preciso de pedir. Eles sorriem. Eles sorriem e olham para e por mim. Eles mimam-me nas pequeninas coisas que aos meus olhos ficam a ser tão grandes. Os meus amigos são tão bonitos. E riem-se muito. E rimos-nos uns dos outros. E será sempre isto que fará a diferença: eles estão perto, eles fazem por estar perto, eles não se esquecem. Eles fazem-me perceber o verdadeiramente sentido de gostar de alguém. E quando a amizade nos surpreende desta forma, nos preenche tanto, nos dá ainda mais, o amor que vier terá de saber superar ou pelo menos estar no mesmo patamar. Porque senão não vale a pena, a chatice, a perda de tempo, a desilusão.
Portanto sim, eu ficarei bem. Não estarei nunca sozinha. Não terei de estar a olhar para o relógio à espera que cheguem porque eles chegam sempre. A horas. Porque eles não espreitam à distância. Eles mostram-se, todos os dias. E não há medo que os impeça de voar e de tentar serem mais. Os amigos, os meus amigos, voam. E eu voo com eles. E tu, bem tu, continuas presa num sinal vermelho numa rua qualquer. Impedida de voar por tua culpa. Arriscando-te a ficar congelada por muito tempo. Porque perdeste a tua oportunidade. Aquela que classificas como única.
Já não sei o que lamento mais. A minha ou a tua perda. Isto porque chegamos a um ponto de clareza tal que conseguimos dissecar tudo, fazer apontamentos de memória, decorar datas, dias, momentos. Colocar tudo como se a nossa vida fosse uma agenda. E aí, de forma fria e racional, consigo ver o tanto que fiz, o tempo que te dei, os dias os muitos dias que te entreguei para que os pudesses transformar nos teus dias, nos nossos dias. Portanto, a culpa é fecundada por nós, por vezes, em terreno infértil. Chegará o momento de a colher e não duvido que seja o único alimento durante muito tempo.
O que me fará libertar-me? Não ter qualquer dúvida de que eu fiz tudo o que podia ter feito e ainda mais do que isso.
Um dia perguntaste-me se eu tinha a certeza que sairias tu a perder. Não façamos disto uma equação. Mas uma coisa te digo, a tua perda é maior. Porquê? Porque para além de teres ficado aquém do que esperava de ti, ficaste aquém do que tu própria esperavas de ti. E a grande desilusão não é a que provocamos nos outros mas sim aquela que encerramos em nós.
Tiveste tudo nas tuas duas mãos. E mesmo assim não foste capaz de fazer a diferença.
Rapariga de palavras fáceis! Um brinde a ti e às palavras que te saiem da alma de uma forma bela!
ResponderEliminarBem haja aos amigos, neste caso às amigas!
Pequenina, obrigada :)
ResponderEliminarAté logo!
Beijo